segunda-feira, outubro 29, 2012

País por um canudo

Ontem tive a ver a grande reportagem da SIC sobre o desemprego nos licenciados, após quase 2 anos de eu também já ter escrito sobre o assunto, parece que as reportagens continuam a ser sensacionalistas e não tentam analisar devidamente os dados para perceber o porque do desemprego nos licenciados.

Acrescentando ao que eu já escrevi, para mim o desemprego nos licenciados tem fundamentalmente dois culpados, 1º as pessoas que escolhem ir para cursos fáceis que não têm mercado, lei da oferta e da procura (devo frisar que retiro daqui enfermeiros por exemplo, que são obrigados a emigrar apesar da dificuldade do curso e do alto nível de especialização que têm), 2º os nossos governantes, eleitos por nós, que possibilitam a proliferação destes cursos da tanga para depois poderem dizer que as estatísticas indicam que somos um país altamente educado e com formação superior.

Outro factor que começo a notar na minha área, e provavelmente acontece nas outras, é que os novos licenciados quando procuram emprego na área cada vez pedem ordenados mais baixos, achando assim que se tornam mais competitivos. Totalmente errado, e eu sei isso porque na minha empresa sou uma das pessoas responsáveis por fazer entrevistas a novos candidatos, o factor de competitividade só pode ser dado pela excelência do trabalho executado. As empresas de software quando querem trabalho de qualidade duvidosa, a muito baixo custo contratam indianos. Mas depois tem de estar alguém aqui para apagar os fogos, e esse alguém só podem ser os trabalhadores que se quiserem distinguir dos outros pela qualidade do seu trabalho.

segunda-feira, outubro 15, 2012

Pavia 200

Foi a primeira vez que participei num evento dos Randonneurs e tenho que em primeiro lugar elogiar a simpatia e boa disposição de toda a organização. Quanto à prova em sim, foi dura, muito dura, acho que nunca tinha sofrido numa prova durante tanto tempo, posso dizer que metade da prova foi feita mesmo em piloto automático tentando esquecer as dores e desconforto.

Comecemos pelo princípio, eu com a minha bicicleta de BTT com pneus finos pensei que não estava em grande desvantagem em relação aos meus amigos que iam com bicicleta de estrada, tentei sempre manter o ritmo vivo sem me desgastar muito (pensava eu) para não empatar os meus 2 companheiros de viagem. Por volta das duas horas de prova já tínhamos percorrido 60kms do total de 215km, o ritmo era bom, aliás bom demais, o meu objectivo era fazer 20-25km/h. O Pre ao aperceber-se do ritmo demasiado forte até pediu para pararmos um pouco propositadamente para me obrigar a descansar.

Por volta do quilómetro 80 apanhámos a primeira subida mais a sério e aí apercebi-me do meu mau estado, as coxas começaram a ficar cheias de ácido láctico provocando-me dores constantes. Ao chegar a Pavia ainda íamos com uma boa média, cerca de 4h para percorrer 102kms. Em Pavia estive 15 minutos com as pernas para o ar o que aliviou bastante, as dores passaram e os músculos ficaram mais relaxados.


Consegui fazer mais 40 quilómetros sem grandes dores mas elas estavam de volta e ainda faltavam 75 quilómetros para o fim. Cheguei a pensar que não ia conseguir concluir pois a cada pedalada parecia que estavam a prensar as minhas coxas, se não fosse o Pre e o Guilherme aos quais peço desculpa por  os ter atrasado e agradeço a força que me deram, teria muitas dificuldades em concluir e demoraria muito mais tempo.

No final foram pouco mais de 10 horas de tempo gasto, muito perto das minhas melhores expectativas antes de começar a prova. As próximas provas que participar deste tipo, e são todas com distâncias ainda maiores, tenho de reformular a estratégia, arranjar uma bicicleta de estrada ou controlar melhor o ritmo inicial não me deixando ir em loucuras e ingerir mais sais de forma a minimizar os efeitos do ácido láctico. Fica aqui um pequeno vídeo da prova:

sexta-feira, outubro 12, 2012

Survival VII - Prova 4

Passadas 2h30m de nos termos deitado já nos estavam a bater à tenda para uma nova prova. Devo dizer que ponderámos como equipa não fazer a última prova, depois de tudo o que se tinha passado na última prova, aliado ao facto de termos sido a última equipa a chegar ao campismo e haverem equipas que dormiram quase a noite toda e nós nem tivemos o mínimo descanso necessário.

Lá arrumámos tudo à pressa para não falharmos o horário, desmontamos as tendas e tudo para dentro do carro amontoado. Depois de 1h de atraso por parte da organização em relação ao tempo em que tínhamos de ter tudo arrumado, lá nos dirigimos de carro (alguma ideia boa finalmente em vez de irmos a pé durante quilómetros) até ao local da última prova.

Começámos logo por ser penalizados de 2 maneiras, 1º o Jorginho não conseguiu recuperar do esforço das provas anteriores e cheio de bolhas nos pés não nos podia acompanhar na última prova, 2º como tínhamos arrumado tudo à pressa a t-shirt toda suja do Survival, devido a já ter sido usada nas provas anteriores, estava arrumada já juntamente com a roupa suja, logo não podíamos por o 'equipamento oficial', penalização por falta de equipamento. É pá usar a mesma t-shirt suja, molhada e suada durante 3 dias não me parece que seja razoável, mas pronto é a minha opinião...

Esta prova acabou por nos correr na perfeição, como não tínhamos nada a perder decidimos arriscar, tínhamos de passar por 4 pontos, 2 deles distantes e 2 ao pé do final. Fomos primeiro para os distantes e entre eles a decisão foi atalhar com algum risco pelo meio do mato em vez de andarmos pela estrada que era muito mais longe. O risco foi controlado sim, porque estávamos num planalto e tínhamos em linha de vista o ponto seguinte, conseguíamos ver mais ou menos o que nos esperava. Ainda tivemos de passar no meio de arame farpado, cardos, silvas e mato, mas compensou conseguimos ultrapassar 2 equipas neste atalho e cansámos-nos menos.


Em cada um dos pontos tínhamos de fazer uma prova de team building que acabou por nos correr melhor que o esperado, conseguimos ser extremamente rápidos em todas as provas.

Infelizmente o meu GPS morreu já perto do final, mas devemos ter feito cerca de 10km nesta prova, o que pelo meus cálculos devemos ter poupado mais ou menos 1,5-2km com os nossos atalhanços.

Contas finais acabámos por ser extremamente penalizados na prova 3 e apesar da nossa argumentação a organização não nos quis tirar a penalização de tempo a mais, quanto a nós por erros deles e não nosso. A justificação é que todas as equipas foram prejudicadas com os erros, verdade, mas umas foram mais que outras porque demoraram mais tempo a perceber dos erros aos quais eram alheias. Acho que não quiseram tirar a penalização pois mexeria radicalmente na classificação final, mas isso não posso eu dizer...

Detesto vitórias morais e apesar de achar que os Malfeitores da Passarinha estiveram muito bem não me contento com a vitória moral e podem achar que estou a dizer isto por haver um prémio de 500€ para a equipa vencedora, longe disso, aliás até acho que a existência de prémio monetário vai contra a ideologia do Survival, tornando a competição entre equipas menos salutar. A minha sugestão era mesmo que deixasse de existir prémio monetário e que o valor das inscrições baixasse, assim beneficiariam todos e seria mais fácil terem mais inscrições o que significaria mais competitividade e ao mesmo tempo acredito que existiria uma maior camaradagem entre equipas.

Gostei da atitude da organização quando nos despedimos, foram simpáticos e admitiram os erros e fundamentalmente por isso não descarto na totalidade uma nova participação no Survival. Contudo só voltarei a participar com a equipa Malfeitores da Passarinha e acho que nenhum dos outros elementos da equipa tem vontade de voltar a participar devido a estes erros e não terem sido corrigidos como nós achávamos que era justo. Em todo o caso se não participar como equipa, deixo já aqui a minha disponibilidade para ajudar a organização no próximo evento no que eu puder para tentar que estes erros não se repitam. Devo ainda dizer que os erros que achei que o Survival VI teve foram corrigidos neste Survival, por isso tenho esperança que os erros do Survival VII não aconteçam no Survival VIII. Fica aqui um pequeno vídeo da participação dos Malfeitores da Passarinha neste Survival.

Survival VII - Prova 3

Depois de termos terminado o Quebra Ossos às 17h estava a contar ter algumas horas de descanso...correcto, o conceito de 'algumas horas' é que não foram tantas como estava à espera e por volta das 22h recebíamos mais uma prova, a prova 3 o Mastermind.

Esta prova começou logo de um modo chato e parvo, andar 4km pela estrada só para chegar ao primeiro marcador...que grande seca ainda por cima com o cansaço acumulado. De seguida um ponto mal marcado pela organização que nos fez andar às voltas durante quase 1h. Com isto tudo já tínhamos gasto mais de 2h numa prova que tinha o tempo máximo de 5h para a concluir. Finalmente encontrámos o ponto, uma casa assombrada onde encontrámos 2 números: um 6 e um 7, não sabíamos mas estes números viriam a ser importantes.

De seguida seguimos até à margem do rio onde 2 de nós tinham de atravessar o rio de kayak para fazer a prova do outro lado. Como estava com algum frio e ainda alguma energia fui eu e o Neto a remar para o outro lado. Do outro lado estavam 2 elementos da organização que só nos diziam password. Eu e o Neto já passados com tudo, pelos pontos mal marcados pela organização, pelo cansaço acumulado, pelo frio (um obrigado a um dos elementos da organização que me emprestou um casaco naquela situação) e depois de tentativas falhadas de acertar na password, dissemos que preferíamos ser penalizados mas voltar para o outro lado para junto da equipa e continuarmos porque estávamos sem imaginação para mais.

Fomos aconselhados a continuar a tentar, o que relutantemente aceitámos. Fartámos-nos de olhar para a porcaria de uma folha que nos tinham dado com a descodificação de código Morse para alfabeto, até que levantei o raio da cabeça do papel e reparei que do outro lado da margem estava uma luz a piscar...bingo era a nossa password a ser transmitida pelos restantes elementos da equipa que tinham ficado na outra margem. Pensando bem agora à posteriori, era óbvio que tinha de ser algo do género, o Survival é um jogo de equipa, não fazia sentido haver uma prova que só 2 elementos da equipa participavam. No fim da prova foi-nos dado o número 9 e mais 2 coordenadas.


Na primeira coordenada encontrámos parte de uma nova coordenada, percebemos logo que a segunda coordenada nos iria dar o que restava da nova coordenada. O problema é que a segunda coordenada estava novamente mal marcada pela organização. Mais um tempão perdido até que um elemento da organização apareceu para esclarecer o problema, neste momento já eram 3h30m e já estávamos totalmente fora de horário, graças aos pontos mal marcados e à nossa insistência em sermos perfeccionistas e irmos exactamente onde estavam os pontos marcados no mapa e só chamar a organização em último caso.

Achado o marcador e a restante parte da coordenada lá fomos para o ponto da nova coordenada. Esta prova tinha uma premissa, tínhamos de ser subtis e não nos podíamos deixar fotografar por elementos da organização que se fizessem passar por sentinelas. Quando chegámos ao ponto da coordenada aí estavam os fotógrafos/sentinelas. Nem nos preocupamos em esconder ou fugir, a frustração e cansaço eram tantos que só queríamos chegar ao último ponto e regressar à tenda. 1001 fotos depois encontrámos um cadeado de 3 dígitos que tínhamos de abrir. Claro que os dígitos 6, 7 e 9 que tínhamos apanhado nas provas anteriores eram a resposta só os tínhamos de ordenar correctamente.


Lá abrimos o cadeado e agora era a longa volta para o campismo, mais uma viagem parva de 6 longos quilómetros sem sentido nenhum entre o ponto da última prova até ao campismo. Nesta altura já o Jorginho estava com os pés cheios de bolhas o que ainda ajudou a atrasar o ritmo. Eram 5h30m e finalmente chegámos ao parque de campismo, cansados e super chateados pelo tempo que perdemos nos pontos mal marcados pela organização. Fica aqui o track GPS desta prova:

quinta-feira, outubro 11, 2012

Survival VII - Prova 2

Depois da prova 1 ter acabado por volta das 2h de sábado ainda conseguimos umas boas 6 horas de sono até à preparação para a prova de eleição dos Malfeitores da Passarinha, o temível Quebra Ossos. Inicialmente antes de recebermos a prova, o Nuno e o Pedro disseram logo para apostarmos o joker (que duplicava a pontuação no final da prova), os restantes Malfeitores preferiram ver primeiro o mapa para a prova para ver se compensava apostar o joker. Infelizmente esquecemos-nos depois de ver os pontos no mapa de entregar o joker, com a pressa de sair rápido para ir encontrar os pontos.

Este ano a divisão da equipa foi diferente, eu não me encontrava lesionado no joelho como no ano anterior então escolhemos os 3 ciclistas mais fortes para irem para a bicicleta, eu o Pedro e o Neto, ficando o Nuno e o Jorginho os marujos dos kayaks. Havia ainda uma regra extra que era termos de voltar à base entre as 12h-13h e tinha de voltar a equipa toda. A decisão que tomámos fui super acertada, naquelas 2 horas apanhar todos os pontos ao redor da base, estar na base às 12h para depois termos mais tempo até às 17h para irmos encontrar os pontos que estavam mais longe.

Os problemas aconteceram só depois da 2ª passagem pela base, e logo em dois pontos seguidos o que nos deixou por momentos com os nervos à flor da pele. O primeiro ponto não estava no local, alguma pessoa o deve ter removido sem perceber o seu significado, o segundo ponto enganei-me a marcá-lo no mapa e troquei a coordenada de N-S com a de E-W dentro do quadrante, ou seja até estávamos bem perto do ponto (500 metros) mas o facto é que era impossível do encontrar por me ter enganado.


Apesar do tempo que perdemos aqui nestes dois pontos eram 15h30m e só nos faltava ir buscar 1 ponto (tirando os 2 anteriores já falados). Acabámos por decidir não arriscar ir buscar o último ponto porque ainda era algo longe e podíamos com isso chegar fora de tempo à base. Mas acredito que se não fossem os 2 pontos que nos fizeram perder tempo, facilmente os Malfeitores da Passarinha tinham conseguido quebrar o Quebra Ossos na sua totalidade.

Enquanto isso a equipa do kayak tinha feito um trabalho fantástico e além dos pontos que se tinha comprometido a apanhar até tinha ido a terra buscar pontos que teoricamente seriam mais fáceis de alcançar de bicicleta. Foi muito graças a eles que só nos faltou apanhar 1 ponto.

No final a equipa das bicicletas chegou à base por volta das 16h (ainda parámos à sombra de um chaparro para lanchar :-D ) e a equipa dos kayaks por volta das 16h30m, dentro do controlo de tempo e com uma prova quase perfeita. Deixo aqui a gravação do track GPS da equipa das bicicletas.

quarta-feira, outubro 10, 2012

Survival VII - Prova 1

Tal como calculava após a "construção" do espantalho a 1ª prova do Survival foi-nos logo entregue, a prova era os Geoenigmas. A 1ª coisa a fazer era dirigirmos-nos a um ponto no centro de Avis, algo perto do sítio onde eu e o Pedro já tínhamos estado por isso não era nada de complicado.

O objectivo desta prova era ser completa o mais depressa possível, como a pressa é inimiga da perfeição decidimos apesar de andarmos com pequenas correrias de um lado para o outro, quando tivéssemos de procurar marcadores ou resolver enigmas iríamos parar para pensar.

Basicamente a prova consistia em recebermos um mapa com 10 pontos dos quais tínhamos de descobrir 9, voltar ao centro de Avis à base improvisada, e resolver um enigma, e este processo repetiu-se 4 vezes. 

Decidimos por todos que iríamos sempre procurar os 10 pontos por uma questão de segurança pois poderíamos-nos enganar na marcação de algum ponto (o que até se veio a verificar). Quanto aos enigmas conseguimos resolver 3 em 4 o que fez que só uma vez tivéssemos sido penalizados em tempo. O que foi engraçado nos enigmas é que apesar de sermos maioritariamente informáticos cada um conseguiu contribuir com raciocínios diferentes para cada enigma, aliás houve um que se não fosse o Jorguinho eu nunca chegaria lá.

Devo dizer que esta prova acabou por se tornar aborrecida pelo facto de ser demasiado repetitiva, 4 vezes a fazer fundamentalmente a mesma coisa. Seria melhor que como haviam 4 mapas e 8 equipas cada mapa ficaria para 2 equipas, o que até evitaria o amontoar de equipas em cada marcador, pois o que acabou muitas vezes por acontecer é que uma equipa tinha o mérito de descobrir o marcador e as outras acabavam-se por aproveitar do facto. Claro que a prova ficaria muito mais curta, mas é tudo uma questão de imaginação para pensar noutras coisas que se pudessem acrescentar à prova para a prolongar. A prova durou mais ou menos desde as 22h de 6ª feira até às 2h de sábado.

Bem sei que não eram permitidos dispositivos de GPS, mas utilizei o meu GPS unicamente para gravar o percurso que faziamos em cada prova, não tirando nenhum partido que pudesse beneficiar as provas dos Malfeitores da Passarinha, quem não quiser acreditar em mim não precisa também não me importo porque tenho a consciência tranquila. Fica aqui o trajecto feito pelos Malfeitores da Passarinha durante esta prova.

terça-feira, outubro 09, 2012

Survival VII - Dia 1

Depois do duro dia anterior, eu e o Pedro só queríamos chegar a Avis o menos "amassados" possível. Saímos de Mora por volta das 9h e queríamos cumprir os 42-45km que separavam Mora de Avis em ritmo de passeio. A parte mais bonita da viagem sem dúvida alguma que foi esta, à saída de Mora, a seguir ao fluviário, há um passadiço panorâmico seguido por um single track que foram o pontos alto da nossa viagem.

O facto de termos feito este percurso de bicicleta teve a vantagem de fazermos um mini reconhecimento de alguns caminhos ao redor de Avis, o que acabou por ser uma pequena vantagem nas provas que viriam dali para a frente.

Ainda passámos por um mini-mercado em Avis para abastecer e de seguida dirigimos-nos para o parque de campismo onde encontrámos logo elementos da organização. Encostámos as bicicletas e fomos comer para o parque de merendas. Como os nossos companheiros de equipa estavam atrasados, tivemos de fazer algum tempo até que eles chegassem com as tendas e as nossas mudas de roupa, aproveitámos então para um mergulho revigorante ao rio.

Por volta das 18h lá eles chegaram finalmente, montar tendas, arrumar coisas, mudar de roupa, comer e preparar para as provas que aí vinham. Por volta das 22h recebemos a 1ª prova, que era uma prova extra. Tínhamos de criar um cântico para a equipa e "fazer" o 6º elemento da equipa...um espantalho. O resultado como é óbvio não poderia ser bom saído ele das metes perturbadas dos Malfeitores da Passarinha.


Seguiriam-se agora as provas a sério e dada a nossa experiência do ano anterior sabíamos que estas estavam para começar dentro de momentos...

segunda-feira, outubro 08, 2012

Survival VII - Dia 0

O Survival é uma competição com um conceito interessante, que é disputado por equipas durante um fim-de-semana, em provas de orientação, raciocínio, espírito de equipa e capacidade física. A minha equipa os "Malfeitores da Passarinha", participava pelo segundo ano com o objectivo de dar o melhor e com a experiência adquirida do ano anterior tentar não repetir os mesmos erros de novatos e conseguir quem sabe ganhar. Apesar da nossa capacidade física e resistência no primeiro ano cometemos imensos erros no que toca a orientação por falta de experiência, este ano os 5 malfeitores estavam de volta: eu (o eléctrico), o Pedro Santos (o esfomeado), o Nuno Silva (o resmungão), o Tiago Neto (o resistente) e o Jorginho (o pêndulo).

Para mim e para o Pedro Santos o Survival VII ia começar mais cedo, decidimos ir até Avis (local do Survival) de bicicleta, onde tínhamos de estar 6ª feira ao final da tarde. A estratégia seria partir na 5ª feira de manhã, aproveitando a Eco Pista que liga o Montijo a Badajoz dormindo de 5ª para 6ª feira em Mora na casa de um amigo o Tiago Coelho.

A tarefa não se avizinhava fácil pois íamos fazer 3 etapas do percurso da Eco Pista num só dia, então a decisão foi estar cedo no Montijo para termos o máximo tempo possível para fazer a viagem que segundo o track iria ser de aproximadamente 155kms. Em dia de greves lá as conseguimos fintar e apanhar o barco para o Montijo que saía do Cais do Sodré às 7:30.

O tempo estava espectacular, sol, sem calor excessivo e mais importante sem vento. O percurso em si não tem nenhuma beleza fora do comum (especialmente para quem já fez o caminho de Santiago e a Costa Vicentina), constituído essencialmente por estradões de areia solta a lembrar a prova de BTT Quinta do Pinhão. Para piorar onde a areia era menos profunda havia lombinhas provocadas pela passagem das rodas dos carros que faziam a bicicleta estar sempre a saltitar perdendo a aderência e sendo desconfortável a vibração, pelo menos a nível de altimetria o percurso não era muito exigente.

Para conseguirmos almoçar foi outra dificuldade, só passávamos por terriólas e encontrar um mini mercado aberto foi uma aventura. Chegámos a Coruche (fim da segunda etapa) por volta das 15:30, já com quase 110kms percorridos, o rabo começava a dar sinais de desconforto em cima do selim. Devo dizer que os últimos 40kms foram feitos um bocado em agonia, estava mal disposto do almoço e até pararmos num café já muito perto do fim onde bebi uma água das pedras a coisa não estava fácil.

Chegámos a Mora já quase de noite onde após um banho fomos jantar uma merecida refeição.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Matiz Pombalina

A Matiz Pombalina é um bar em Santos em que fui assim um bocado por acaso, pois ofereceram-me um leque de experiências em que tinha de escolher uma, sendo que a escolhida foi uma degustação de cocktails no bar Matiz Pombalina.

O ambiente é muito agradável, com uma decoração clássica, cultural e ao mesmo tempo descontraída, com música ambiente que possibilita uma conversação sem ter de elevar o tom da voz. Quanto aos cocktails muito bom mesmo, a degustação é personalizada sendo que os cocktails são feitos com base no gosto das pessoas. Uma palavra ainda para a simpatia e profissionalismo das pessoas que estão à frente do bar.

Apesar de eu ter ido com um voucher, o preço da degustação de 10 cocktails é quase irrisória sendo apenas 10€, onde ainda nos servem pipocas e amendoins sem que tenhamos de pagar mais por isso. É um óptimo espaço para passar 2-3h na companhia de uma boa conversa.