Este foi o primeiro triatlo do ano, e já estava com algumas saudades de fazer triatlo e reunir-me com a equipa. O dia estava com condições meteorológicas excelentes para a prática de desporto, a temperatura amena, sem vento, e as condições do mar óptimas como eu nunca tinha visto nas últimas 5 edições do triatlo de Oeiras. Em primeiro lugar os meus parabéns à organização, ter partidas divididas por escalões foi uma óptima solução para o problema de ter imensos atletas inscritos, evitou a típica confusão no início do segmento de natação, aliás posso dizer que provavelmente foi o segmento de natação menos confuso que fiz alguma vez num triatlo curto. Pessoalmente não me senti muito bem neste segmento, bastante ofegante sem nenhum motivo aparente e só depois da viragem da primeira bóia senti que a minha natação estava mais fluída. Acabei quase com 14 minutos o segmento.
No segmento de ciclismo formou-se rapidamente um grupo de 5-6 ciclistas onde rodávamos a uma velocidade bastante boa. Mas nunca me senti confortável no grupo, senti sempre que estava em esforço, e quando chegámos à subida do Alto da Boa Viagem, acabei logo por ficar para trás não conseguindo seguir com o grupo e baixando bastante a velocidade. Após a viragem em Algés voltei a conseguir entrar num grupo que me apanhou, mas a história repetiu-se e quando cheguei novamente à subida em sentido inverso do Alto da Boa Viagem fiquei para trás. À chegada a Paços de Arcos vem outro grupo e tento seguir com o grupo, mas não estava a conseguir igualar a velocidade do grupo, já estava muito perto da cauda do grupo e a pensar que não conseguiria seguir com eles, quando o Nélson foi o salvador da pátria e deu-me um ligeiro empurrão que foi o suficiente para eu conseguir seguir com o grupo. A velocidade aumentou e estava mais descansado, só vantagens, e foi a única altura que me senti bem em todo o segmento. Ainda partilhei a minha água com o Nélson, mas a ajuda que ele me tinha dado tinha sido muito superior.
À saída do parque de transições para o segmento de corrida, junto à zona de abastecimento, há um idiota que me dá um toque no calcanhar e eu quase que vou ao chão. Em vez de pedir desculpa como era natural ainda refila que eu não ia a direito, claro, uma estrada tão grande ele queria-me passar junto à mesa de abastecimento quando eu me aproximava para apanhar uma garrafa de água. A pressa era tanta e a velocidade dele era tão grande que passados 200 metros já o estava a ultrapassar e a deixá-lo "apeado". Sem dúvida que este é o meu melhor segmento, sentia-me bem, solto, a ultrapassar imensos atletas. No final da primeira volta o Filipe ainda chega ao pé de mim, passei-lhe a minha garrafa de água que ele não tinha conseguido apanhar nenhuma e incentivei-o para acabar forte. O tempo final não foi grande coisa apesar da óptima recuperação no segmento de atletismo, acabei acima de 1h10m.
Ano | Tempo final | S1 | T1 | S2 | T2 | S3 |
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2014 | 1h14m51s | 15m11s | 2m55s | 35m09s | 1m06s | 20m30s |
2015 | 1h12m04s | 13m24s | 3m03s | 32m46s | 1m32s | 21m32s |
2016 | 1h02m59s | 11m08s | 2m49s | 28m56s | 56s | 19m07s |
2017 | 1h07m40s | 11m31s | 3m04s | 30m20s | 1m10s | 21m34s |
2018 | 1h10m48s | 13m54s | 2m55s | 33m50s | 1m03s | 19m06s |
Olhando para a tabela dos meus tempos das minhas participações no triatlo de Oeiras, é claro como água o que se passou na minha prova e claramente há uma relação directa com o tipo de treino que ando a fazer. O atletismo estou tão ou mais forte como quando andei a treinar para o Ironman, o ciclismo está pela hora da morte, quase não consigo treinar e isso reflecte-se claramente, o segmento da natação para mim é um mistério, sinto que tenho treinado bem, as condições do mar estavam propícias a bons tempos, mas não me senti bem dentro de água e o tempo indica que não fiz um bom segmento. A próxima prova que vou ter será o swim challenge, numa distância de 3,8 kms e aí poderei averiguar se realmente foi um mau dia de natação ou se realmente não estou tão bem quanto pensava.