Num registo muito triste, e porque hoje para mim isto foi o mais importante, soube que tinha falecido a Analice. Tive a sorte de privar diversas vezes com ela, a última vez ainda há menos de 2 meses na São Silvestre da Amadora, creio que foi a última prova que fez. É muito triste ver partir uma pessoa tão simpática, bem disposta e inspiradora, e aqui fica a minha homenagem e o meu obrigado a ela. Para mim, e para os muitos amigos que ela tinha ficará imortalizada a frase que muitas vezes dizia - "Correrei até que Deus me deixe".
Em relação à corrida, a frase adequada é - "CÂ GANDA ESTOIRO". Claro que tinha tudo para correr mal, tenho treinado muito pouco devido às dores no joelho e para acrescentar a isso estive com febre dois dias antes da prova. Mas para dizer a verdade, se calhar por ser optimista, nunca pensei que corresse tão mal. A minha estratégia seria aguentar com o grupo dos 4min/km até aos 10kms e depois tentar não ultrapassar os 4m30s/km, o que daria um tempo final a rondar 1h30m.
Em relação à corrida, a frase adequada é - "CÂ GANDA ESTOIRO". Claro que tinha tudo para correr mal, tenho treinado muito pouco devido às dores no joelho e para acrescentar a isso estive com febre dois dias antes da prova. Mas para dizer a verdade, se calhar por ser optimista, nunca pensei que corresse tão mal. A minha estratégia seria aguentar com o grupo dos 4min/km até aos 10kms e depois tentar não ultrapassar os 4m30s/km, o que daria um tempo final a rondar 1h30m.
Bem, consegui ir com o grupo dos 4min/km mas só até aos aos 4km, o coração estava a saltar-me pela boca e tive de deixar-me ficar para traz. Até aos 10km até consegui estar na barreira psicológica dos 4m30s/km, mas estava a sentir-me muito mal. Depois de virar no Guincho até me senti melhor e pensei que talvez aguentasse aquele ritmo até ao final, mas não, passados 2kms parece que bati contra a parede, ainda por cima o tempo que até então estava encoberto e perfeito levantou, o sol a bater e a aumentar a temperatura ainda ajudaram menos. Progressivamente fui perdendo ritmo, as pernas começavam a doer-me, e cheguei ao miserável ritmo de 5m30s/km. Foi um sofrimento terrível, já há muito não me sentia assim, ao ponto de ter ponderado parar. Lá fui gerindo até ao final para acabar totalmente rebentado com quase 1h39m, um dos meus piores tempos à meia maratona.
Nestas alturas é que devemos analisar os dados da corrida, e olhando para a minha frequência cardíaca, facilmente se percebe que a falta de treino e o ter estado doente são claramente os factores que levaram a este desfalecimento. Andei toda a prova a ritmos cardíacos que no máximo deveria andar durante 30-40 minutos, não foram as pernas, não foram as dores, foi o coração que não me deixou fazer uma melhor prova.