segunda-feira, março 24, 2014

Triatlo de Alpiarça

Primeiro triatlo do ano, com o retorno ao treino a sério 2-3 semanas antes, sentia-me bem e pronto a tentar fazer a prova a fundo visto ser um triatlo sprint. Bem sei que o tempo final de uma prova de triatlo depende muito do percurso da bicicleta e das condições meteorológicas, mas tinha como objectivo fazer melhor que o meu record obtido no triatlo de Peniche o ano passado, e baixar se possível de 1h20m.


A 3 Iron Sports participou em peso nesta prova com um contingente de 11 atletas masculinos nos diversos escalões. Além dos meus colegas de clube ainda fui com o meu companheiro destas andanças o Pre que agora representa o clube Vasco da Gama. Além do tempo final como objectivo, também tentava ficar entre os 3 primeiros da equipa para contribuir para a classificação por equipas, sabia que os 2 primeiros lugares deviam estar atribuídos ao Ricardo e ao Mário, mas depois acreditava que havia ali um conjunto de 3-4 pessoas, eu incluído, que podiam discutir o 3º lugar.

Começa a natação, com a água super fria, e sendo uma prova algo concorrida, até chegar à primeira bóia não passei muito bem, o frio, as cacetadas constantes, uma natação muito pouco fluída, com esticões atrás de esticões, estava bastante ofegante para o que é o meu normal. Após a viragem da segunda bóia o regresso já foi muito mais suave, quase consegui nadar como se tivesse numa piscina. O tempo final já fora da água de 13m27s, parece-me bem e basicamente igual a Peniche onde tinha feito 13m28s, acabei por ser o 4º da equipa dentro de água.

Vinha aí a minha modalidade Némesis, tinha como objectivo neste segmento conseguir uma média superior a 30km/h. A primeira volta ainda consegui agarrar alguns grupos, consegui ir seguindo outros atletas e assim manter o ritmo alto e ás vezes até um pouco superior ao meu normal, ainda fui passado por 2 colegas de equipa mas nem me atrevi a seguir com eles. Na segunda volta comecei sem ninguém, ia a solo e sabia que ia custar muito mais, apesar do percurso ser praticamente sempre plano e sem vento, achei que ia pagar o meu esforço. Mas tive sorte, nessa altura chegou o Bruno ao pé de mim, a quem tenho de agradecer, e lá me motivou e 'rebocou' até ao final da bicicleta, conseguindo ser eu o 7º da equipa neste segmento com 38m59s e acabando com uma média superior a 30km/h como eu queria.

Começa a corrida e durante a transição perdi uns 10 segundos para o Bruno, estamos a falar num espaço entre nós de 20 metros não mais que isso, e pensei eu que rapidamente ia fechar aquele espaço, visto ser a corrida o meu melhor segmento. Mas a coisa não foi bem assim, durante a primeira volta apercebi-me que o Bruno também ia a andar muito bem e só na parte mais acidentada do segmento é que me tinha conseguido aproximar. Quando começa a segunda volta passa outro atleta por mim que estava ligeiramente mais rápido que eu, colei-me a ele e aproveitei a boleia até chegar ao Bruno, até que o apanhei a meio da segunda volta. Estava na hora de retribuir o favor que ele me tinha feito na bicicleta, respirei fundo durante 10-20 segundos e comecei a esticar um bocado a passada garantindo que ele não descolava de mim.

Acabámos a corrida sendo o 5º e o 6º da equipa com o resultado final de 1h16m28s, muito melhor do que eu imaginava retirando quase 5 minutos ao meu melhor tempo num triatlo sprint. Em relação ao segmento da corrida acabei por ser o 2º da equipa com 20m57s. Por fim tenho de dar os parabéns ao Nélson que conseguiu ser o 3º da equipa, com uma prova espectacular especialmente no segmento de bicicleta, acabando a prova praticamente o mesmo tempo do Mário que foi o 2º como já se esperava.

segunda-feira, março 17, 2014

Sushi e palhaçada musical

Sushi...palhaçada...musical...o quê tem isto a ver? É incrível como o universo consegue reunir estes três conceitos aparentemente disjuntos. Vamos começar pelo início, desde a passagem de ano que tinha prometido ao Hugo e à Isa que faria um jantar de sushi, ao final de 2 meses e meio lá saiu o jantar este sábado. Apesar do imenso trabalho e da preparação demorada é sempre algo que me dá imenso gozo fazer, especialmente quando é para ser desfrutado na companhia de amigos. Na minha opinião o resultado até foi bom e tenho as fotos para o comprovar.




Acabámos de jantar e sentámos-nos no sofá a conversar e a comer a sobremesa, e por acaso deixámos a televisão na RTP1 e o que estava a dar? Aquele programa magnífico chamado festival da canção (o tuga), onde todos os anos são criteriosamente seleccionados cantores que nos têm representado ao mais alto nível no festival da canção da Europa. Já as músicas tinham sido cantadas e faltava só sair o resultado com o vencedor. Começa aqui a parte da palhaçada, eu e o Hugo começamos logo com os comentários machistas do género - "Quem tem o maior decote...e mais chicha à mostra!" - chegámos a 2 possíveis vencedoras e fazemos o all-in nestas duas possíveis vencedoras. Olha e não é que acertámos!!! Foram as 2 que ficaram para o final, eu e o Hugo mostrámos que é possível superar o professor Chibanga.

Após o anúncio da vencedora vê-se uma grande agitação e contestação na plateia, lá tá coisas de programas em directo que não é fácil censurar. E lá sai o meu comentário - "É que mal perder!!! Há que saber perder se ganhou é porque foi o que as pessoas mais gostaram." - Começa a música e ficamos todos a olhar uns para os outros de queixo aberto...nem vou aqui dizer os comentários seguintes, nem vou colocar aqui o vídeo da canção para não ferir susceptibilidades. Nem voz, nem letra, nem música, nada se aproveita ali, lavem a boca com sabão azul e branco quem falar mal dos Homens da Luta que ganharam em Portugal ou dos Lordi que ganharam o Festival Europeu.

Com tantos cantores bons que ficam cedo pelo caminho em programas como o 'Chuvas de Estrelas', 'Ídolos', 'A Voz de Portugal' ou 'Portugal Tem Talento', pergunto-me como temos tão pouco a oferecer como representante da nação num concurso europeu? Como é feita a lista inicial de cantores a concurso? Porque não é um júri que realmente perceba de música que elege o nosso representante? Ah já sei a resposta...senão o universo não conseguia juntar a palavra palhaçada à palavra música.

terça-feira, março 11, 2014

Scorpions - MEO Arena

Pronto, agora já têm autorização para se reformarem, já os consegui ver ao vivo, consegui ter o privilégio de ver uma das bandas que vai ficar para a história. Devo dizer que fiquei impressionado com a moldura humana, quando me disseram que estava esgotado pensei que não ia encher tanto por razões de segurança, mas a Meo Arena estava totalmente a abarrotar, com uma multidão o mais diversificada que se possa imaginar, abrangendo diversas gerações, provando que não existe um público alvo para estes monstros da música.


Apesar da idade dos elementos dos Scorpions (já uns sessentões), e com quase 50 anos de carreira, a banda consegue dar um concerto electrizante, durante 2 horas, sem necessitar de guests para aquecer o público. Estes 'avôzinhos' mostram a alguns 'putos' como se consegue ter energia para dar um concerto desta dimensão.


O problema de ver um concerto com esta dimensão na Meo Arena é que ficamos um pouco longe do palco, contudo a forma energética e sempre comunicativa dos Scorpions não deixava morrer o concerto mesmo estando eu algo longe da acção, e o público também retribuiu sempre, não admira que Portugal seja um dos locais preferidos desta banda. Fiquei surpreendido com a qualidade vocal do Klaus Meine, não esperava que com a idade que já tem mantive-se o nível quase intacto que o notabilizou.


Em relação ao alinhamento do concerto eu  já sabia mais ou menos o que esperar depois dos concertos de Madrid, calculava que não iria ser muito diferente. Gostava que tivessem cantado mais clássicos, um dos álbuns que gosto mais é o 'Pure Instinct' e nem uma musiquinha para amostra, o concerto foi mais centrado no album 'Sting In The Tail'. Mais uma vez há os rumores que esta é a última vez que passaram em Portugal numa tour, vamos lá ver se será realmente verdade ou ainda os vou conseguir ver ao vivo outra vez.

Scorpions Setlist MEO Arena, Lisbon, Portugal 2014, Rock 'n' Roll Forever Tour

quarta-feira, março 05, 2014

Debug no NodeJS

Comecei a 'brincar' com o NodeJS há só 2 semanas por isso sou relativamente inexperiente nesta tecnologia. Rudemente, o NodeJS é uma framework que nos possibilita construir aplicações web-based mas em que o server side é conseguido à custa de javascript.

Quando peguei nos primeiros exemplos, comecei por coisas muito minimalistas, comecei a construir bases, a evoluir pequenos exemplos. Pelo facto do javascript ser executado server side não existe maneira directa de fazer debug ao código, se nos primeiros exemplos os console.log iam dando para resolver os problemas, conforme comecei a fazer código um pouco mais complexo o console.log já não era suficiente, estava a demorar imenso tempo a fazer debug e nem sempre era linear chegar ao problema.

Após uma pesquisa e uma ou duas conversas com amigos esta a a forma de fazer debug ao NodeJS para dummies:

1. Instalar o módulo node inspector
Isto pode ser conseguido de 2 formas. A primeira executando o comando npm install node-inspector. A segunda forma é colocar no ficheiro de configuração package.json, na área de devDependencies a seguinte entrada - "node-inspector" : "*", de seguida é só executar o npm install para que o package do node inspector seja adicionado ao projecto.

2. Inicia servidor de debug
Abrir uma nova consola e escrever: node-inspector &.

3. Executar a nossa aplicação em debug
Na nossa consola ir para a directoria do nosso ficheiro javascript e escrever: node --debug-brk [nomeDoFicheiro].js (Ex: node --debug-brk main.js). Isto vai colocar um break point automático na primeira linha de código do ficheiro javascript.

4. Debug no browser
Ir a um browser que tenha uma ferramenta de debug instalada, eu por exemplo utilizo o chrome, e escrever: http://127.0.0.1:8080/debug?port=5858

E está feito, no browser irá aparecer o código com o debugger parado na primeira linha do ficheiro, podendo agora ser feito tudo o que normalmente é feito com um ficheiro javascript típico, executado em client side.



segunda-feira, março 03, 2014

Meia maratona de Cascais

Vou começar por algo que nem deveria falar, e se estou a falar é mau sinal, a (des)organização da prova.
  1. Em primeiro lugar acabaram com a tradição dos nomes nas t-shirts, não é que seja importante para a prova, mas era uma tradição gira e única, procurar o nosso nome na imensa lista escrita na t-shirt de todos os participantes do ano anterior.
  2. E a partir deste para mim todos os erros são graves, a existência de divisões entre os atletas de modo a por os mais rápidos à frente para não serem estorvados pelos atletas mais lentos é sempre uma excelente ideia. O problema é que a prova começava às 10h e a essa hora ainda nem as zonas de acesso tinham sido abertas, depois apressadamente mandaram avançar os restantes atletas sem abrirem as zonas restritas, ou seja, quando nós tentámos entrar para o corredor da partida já este estava cheio com os atletas mais lentos que se chegaram logo à frente, todos atafulhados feito metro em hora de ponta.
  3. Alteraram o percurso da prova, começando este ano no sentido contrário ao habitual. No anterior sentido começava-se logo com uma subida, o que fazia com que os atletas se dispersassem logo devido à dureza inicial, evitando assim atropelamentos.
  4. E por fim o mais grave de todos, segundo o regulamento da prova, a distância da corrida seria de 20km, o que se veio a verificar é que a distância era sensivelmente uma meia maratona, pode parecer pouca a diferença, mas para quem vai em esforço faz muita diferença. Aliás até a marcação dos quilómetros estava mal o que torna a situação ainda mais ridícula, até ao quilómetro 15 tudo bem quando apareceu a placa do quilómetro 16 tinham passado dois quilómetros, já o GPS marcava 17 quilómetros. No diploma final então está escrito no cabeçalho 20km+1, a organização para algumas coisas referia 20kms para outras já referia 21kms, totalmente inadmissível e de uma falta total de profissionalismo.
Passando agora à corrida em si, gostava de fazer melhor tempo que no ano anterior e se possível baixar de 1h30m, mas com a minha falta de treino devido aos problemas físicos que tenho tido, achei que era quase impossível, fui fazer a prova simplesmente tendo como ideia dar o meu melhor. Tive alguma sorte e apanhei o grupo ideal a partir do quilómetro 4, éramos 6-8 atletas com um ritmo muito idêntico formando um pequeno grupo o que ajudou a enfrentar o vento frontal na zona do Guincho. Ao quilómetro 10 ia com 43m30s, ou seja, estava 1m30s melhor que o tempo de 1h30m aos 20kms, se conseguisse manter o ritmo acabaria os 20kms com 1h27m, estava tudo a correr melhor que o esperado.

Pouco depois de dar a volta na praia do Guincho passam por mim os meus dois colegas de equipa o Luís Graça e o Pedro Castro, sabia que o ritmo deles era mais forte que o meu, mas mesmo assim saí do grupo e fui da corda deles. A minha ideia era tentar ir o máximo tempo com eles num pequeno esticão, de modo a ganhar algum tempo para depois gerir no final. Ainda consegui ir 2-3 kms com eles mas tive de os largar na altura do último abastecimento. Se tivesse em boa forma provavelmente a minha estratégia teria resultado muito bem, assim acabei por ser apanhado novamente pelo grupo onde estava inicialmente e quando o terreno subiu ligeiramente comecei logo a perder o contacto. Desta vez errei na estratégia, mas nem sempre se pode acertar, e prefiro que seja assim do que agora estar a pensar o que poderia ter feito se tivesse saído naquela altura com eles.

Cheguei ao quilómetro 20 com 1h27m30s, tinha melhorado o meu tempo do ano anterior e tinha baixado de 1h30m objectivo cumprido, mas ainda faltava mais 1 quilómetro até ao final. Devo dizer que estava fisicamente muito cansado, mas mentalmente ainda estava mais e desmoralizei um bocado neste quilómetro, normalmente o meu último quilómetro até é dos mais rápidos, ainda por cima nesta prova é quase sempre a descer, mas já tinha perdido todo o foco da prova, fui a correr calmamente até ao final acabando com 1h32m26s. Pouco depois chegou o Tiago Neto que na sua estreia numa prova superior a 10kms acabou apenas a 25 segundos de mim, um excelente resultado e deixa-me a pensar o que nós os 2 poderemos fazer em conjunto se puxarmos um pelo outro, muito provavelmente conseguiremos melhor.