O segundo dia do Rock in Rio 2012 prometia com um cartaz de peso no
Palco Mundo. O alinhamento consistia em
Limp Bizkit,
Offspring,
Linkin Park e
Smashing Pumpkings. Tirando
Smashing Pumpkings as outras bandas têm músicas que marcaram alturas diferentes da minha vida.
Como entrei relativamente cedo no recinto e não me apetecia andar às voltas e nas filas fui directo para o Palco Mundo e sentei-me à espera dos concertos, estava a cerca de 10 metros do palco. Começa o concerto dos Limp Bizkit e o raio dos putos começam logo aos empurrões, cotoveladas, pontapés, etc. Como diz o ditado - "Na selva sê um selvagem." - (não é bem assim mas aplica-se), fui abrindo caminho a cacetada de tudo o que me aparecia à frente até chegar a uma zona de segurança junto à lateral.
Já na lateral comecei a ver os feridos a chegarem em braços, mas o mais importante, já conseguia ver o concerto calmamente, tirar as minhas fotos, fazer os meus vídeos e curtir o som. Infelizmente os Limp Bizkit pararam no tempo e as músicas continuam a ser as mesmas de há 10 anos atrás, na altura que ia para a faculdade a ouvir o Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water. Bom concerto, muito animado e boa interacção com o público. Fica aqui o vídeo completo do concerto.
De seguida aí vinham os pais do
punk, os
Offspring. Muitos
yee yee, muitos
oohoohh, num conjunto de acordes muito básicos mas sempre cativantes e motivantes. Os anos passaram e fisicamente é bem visível nos elementos da banda, mas a música continua na mesma boa. O senão deste concerto foi o som, estava péssimo, a voz do vocalista estava totalmente abafada pelos instrumentos.
Os pontos altos do concerto sem dúvida que foram as músicas do Americana, grande álbum um dos mais marcantes do meu tempo no secundário quando ainda não havia MP3 e as cópias piratas em CD abundavam. Um concerto sempre abrir, com poucas pausas e pouco diálogo bem a moda do punk. Fica aqui o vídeo integral do concerto.
Aí vinha o prato forte da noite os
Linkin Park. Quem foi para ver
Linkin Park não deu o seu dinheiro por mal gasto, um som magnífico e uma grande promoção para o
new metal. O Parque da Bela Vista repleto, creio que com lotação esgotada uma moldura humana impressionante.
Achei foi o concerto algo pequeno, cerca de 1h30m sem direito a
encore sequer. Mas sem dúvida que estes meninos são uns animais de palco, uma óptima interacção, descendo inclusivamente do palco e indo cantar para junto do público durante largos minutos. Nota-se que as pessoas gostam mais dos primeiros álbuns da banda, eu reconheço que o som deles mudou claramente mas também gosto das músicas mais novas. Fica também aqui o vídeo integral do concerto.
E para terminar a noite
Smashing Pumpkings. Este concerto já não segui com tanta atenção como os anteriores, já estava mais longe do palco. Contudo devo dizer que para os fãs deve ter sido muito bom pois o som mantém-se igual apesar dos tempos conturbados pelos quais a banda passou.
Deixo aqui o vídeo completo do concerto.
A análise final é que foi um óptimo fim de tarde, contudo devo começar a concordar com o meu amigo Carlos Marques, é muito mais interessante ver concertos mais intimistas, em espaços como os coliseus, em que as bandas acabam por se relacionarem mais com o público e o próprio som é muito melhor. Este tipo de conceito de ter concertos para um granel de pessoas que nunca mais acaba, com bandas muito
mainstream acaba por tornar a música e o ambiente menos apelativo.